quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Se a vida que se tinha se esvaiu,
O que resta do que ficou?

Se a vida que se tinha era pouca e se acabou,
Quebrou-se o vidro do anel?

E se a vida que se tinha era tudo, menos vida?

E se tudo o que se tinha era vida, menos tudo?

O que resta quando tudo se torna nada?

A vida, talvez seja mais do que imaginamos...

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Dois mil e nove outros...

Se for pra vir
que seja outro, sendo o mesmo e sempre

Um outro, novo e mesmo
Que venha e fique,
Que passe e marque

Um ano se foi e vai mais um
Outro vem e virão mil... dois mil e nove outros,
Quem sabe quantos ainda estão por vir?

Se for pra vir
que traga paz..
Que seja doce e encante, que revolva a terra árida
Que despedace másortes,

Se for pra vir
que enlouqueça,
Arrebate, e faça o bem

Que seja puro, singelo e voraz
Que me provoque risos profundos, desmedidos...inesperados!
Que acalente o choro e colha lágrimas aos montões
Que me reinvente e torne única.

Se for pra vir,
Que seja outro,
Que sejamos sempre mesmos e outros,
Enfim... venha!

FELIZ ANO NOVO!

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

FELIZ NATAL

" Mas a terra que estava aflita não continuará a obscuridade.
O povo que andava viu grande luz, e aos que viviam na região da sombra da morte, resplandeceu-lhes a luz.
Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os ombros; e o seu nome será: MARAVILHOSO, CONSELHEIRO, DEUS FORTE, PAI DA ETERNIDADE, PRÍNCIPE DA PAZ; para que se aumente o seu governo, e venha paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para o estabelecer eo firmar mediante o juízo e a justiça, desde agora e para sempre."

Então, BOM NATAL!!

domingo, 21 de dezembro de 2008

PRIMEIRO SELO DO BLOG!

Primeiro selo do blog, concedido gentilmente pela amiga Jux, do DIÁLOGOS A SÓS!
Tendo sido ela minha fonte de inspiração e incentivo a sair do casulo, e uma das motivadoras para que eu começasse a traduzir meus silêncios, este selo tem gosto mais que especial!

Obrigada, Julinha!





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quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Versinhos à esperança

Surge uma esperança,
Ainda tênue, singela...
Embaçada na janela do alto de um prédio,
Esperança sempre o será, não importa a dimensão

Uma esperança,
Resposta que quero tanto, tanto...
E que espero tanto, sempre...

Espero,
quero goles generosos de esperança,
Fazer descer goela abaixo doses fartas de felicidade,
Amar sem pressões, cobranças...nunca sem amor!

Surge uma esperança e nela quero me fiar
Pra ter um refúgio, um esteio...

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Frase-resumo de uma vida em quase-desepero

"--É bem provável que eu me suicide... você me conhece, sabe que sou capaz disso!"


Foi assim, com um sorriso de canto de boca que ouvi daquele homem parado na esquina a frase-resumo de uma vida em quase-desespero...

Fazia o estilo galanteador, mais ou menos 40, pinta de menino recém-iniciado no mundo da conquista. Tinha um olhar mavioso, perdido e alegre ao mesmo tempo e falava ao celular. Tulipa de chopp na mão, unhas banhadas de esmalte incolor pra ressaltar os anéis de prata...

Tinha uma voz de macho, grave e empostada. Por certo falava com uma mulher e queria impressioná-la (homens têm dessas coisas!). Quase certeza, não era a sua senhora (se é que tinha uma)...

A questão é: morrendo, de que adiantaria aquela cantada? Penso que seria melhor se ele se mantivesse bem vivo...

Um suicídio pré-avisado, na porta de um bar, com uma tulipa de chopp numa mão e um celular na outra: e eu que pensei que já tinha visto de tudo nessa vida...

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Carol, por Luciano Canhanga

Nos Céus brilham as estrelas,
Mas estão longe
Nos Palácios imperam os réis
Mas longe do povo
No meu coração está CAROL.
E o coração está comigo.

Palavras p'ra quê?

(Palavras do meu amigo Lu Canhanga pelos meus 26 aninhos recém-completados)

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Falar e viver o Amor..

Quando se evoca o Amor por testemunha
Ainda que não se saiba, é coisa muito séria
Porque o Amor desconhece o retroceder dos sentimentos humanos
Amor é coisa indefinível,
Sublime demais para os limites imprecisos da mente e sentimentos compassivos,
— Precisa de exclusividade para valer à pena!

Não se pode amar da mesma forma e intensidade dois corações diferentes
Pois há de se amar melhor a um do que a outro
—Injustiça é das coisas que o Amor não tolera!

Amar é coisa séria,
Não cabe em experiências ingênuas:
Quem é experimentado no Amor, cedo ou tarde amadurece

O Amor desfaz estigmas
Gera vidas novas,
Satisfeitas e plenas...

Contudo,
Pensar no Amor, falar dele e em nome dele,
Infelizmente,
Não é saber vivê-lo...

sábado, 1 de novembro de 2008

Quando faltam as palavras...

Se não sei o que dizer, escrevo
Ou melhor, se não sei COMO dizer, escrevo
Há muito tem sido assim
Palavras sobre palavras, motivos e razões traduzidos no contato da tinta com o papel,
Ou da sucessão de letras na tela do computador...

Escrevo melhor do que falo,
Sinto melhor do que consigo expressar,
E sou apenas aquilo que ninguém consegue ver...

Há tempos queria escrever o que vai aqui,
Sentimentos nunca serão tão simples de serem interpretados
Quem os puder compreender na íntegra,
Um dia saberá o que tento dizer e até agora não consegui...

Ainda assim, desfio estas palavras
Poucas e sem motivação outra
Palavras apenas, que talvez nunca alcançarão o objetivo que se deseja
Mas que ainda assim precisam ser ditas

Se não sei o que dizer, sinto
Vivo e sinto intensamente o que vai em mim...

Se não sei o que dizer, lamento:
Alguns sentimentos ainda não podem ser limitados por palavras...

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Indeed, quem é de verdade?

Um pouco de desabafo:
por que duvido tanto?
Questões mil invadem minha mente sem nem ao menos poder reagir
Todos os dias, dia-a-dia..

Uma imagem imaculada por fora,
um coração despedaçado por dentro
perguntas e respostas que teimam em se desencontrar
vazios e máscaras que insistem em emoldurar um rosto e um coração

Um pouco de desabafo:
por que duvido tanto?

Por que duvido tanto e sempre?

Quem sabe a dúvida nem exista de verdade...
Às vezes penso que eu, na verdade, é que não existo...

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Épocas

Sou feita de espaços e épocas..
espaços que me cercam e me deixam sem chão
épocas que me arrebatam e fazem instar meu humor,
meu amor pelas coisas e pela vida

Sou feita de épocas e espaços,
por vezes sou total,
por outras vácuo e cinzas

Sou feita de épocas,
uma vida povoada de primaveras com chuva de verão,
de outonos com calor de inverno

Sou feita de espaços,
mas às vezes não me encontro em mim...

sábado, 20 de setembro de 2008

Não vou me render!
Resistirei bravamente até que caia a última gota,
até que transbordem os mares todos...

Não, não vou me render,
andarei de braços dados com a lua e os sonhos,
desvarios mil em noites mal dormidas e mal sonhadas

Ainda que tentem me levar a alma,
não vou me render,
Por mais que me invadam a privacidade tão fugidia
banhando-me com informações repletas de inverdades
e me violentem a vontade de resistir,
ainda assim não vou me render...

Não vão me arrancar os diferentes modos de sentir,
Resistirei ainda por mais um tempo, ainda, por mais um pouco de tempo


Até que da madrugada veja surgir os primeiros raios de um sol libertador...

domingo, 31 de agosto de 2008

De um silêncio atroz os corações são feitos
Lembranças, sonhos, afins
Dores, pedaços e esperança:

AMOR!


Um dia o sonho, no outro a notícia
Um dia homem, no outro lágrimas
E fim...

sábado, 30 de agosto de 2008

Etéreo

Confundistes
Eterno por etéreo
Eterno te querias,
Etéreo te fizestes
Estéril me fizestes
Descrente e abominável

Confundistes
Honra por ignomínia
Veraz te querias,
Vergonha te fizestes
Descrente, abominável

Confundistes
Ou nem ao menos soubestes distinguir
Um sentimento de um capricho
Um objetivo de uma vontade fugaz
O que eras e o que podias ter sido
O que tinhas e o que jamais terás novamente...

Eterno te querias
Etéreo te fizestes!

Carolina Vicente

Prometestes, não cumpristes.

Alegrias e prazer
Prometestes,
Não cumpristes...

Felicidades eternas
Sonhos e delícias
Prometestes,
Não cumpristes...

Mas, que te importa?
A ti não couberam as noites de choro
Por ti a lua não deixou de brilhar
Nem o mundo ficou mais triste

Não tivestes remorsos
Não feristes teus olhos
Nem ao menos magoaste tua alma

Não tens alma,
Não tens nada
Nada és...

Uma vida,
Por um tempo
Algumas vidas,
Algum tempo

Prometestes,
Não cumpristes?
Que pena...

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Como nascem os mestres...

Falta de tempo, muitos livros, lágrimas, fast-foods, cobranças, emails, impressões, papéis rasgados dentro da lixeira, madrugadas, muitas madrugadas em claro, açúcar, ansiedade, distúrbios alimentares, distúrbios hormonais, cansaço, cansaço, cansaço, força, tempo, tempo, força, organização, paciência, sorrisos, amigos, perguntas, aulas, bolsa, trabalho, aulas, surtos, desequilíbrios, amores impossíveis, cinema (cinema?), ausência, idéias, milhares de palavras, luzes acesas por muito tempo, branco total, inércia, choramingos, vontades, confusão, telefonemas mil, vontade, amizades, invejas, temas, capítulos, sumário, esperar esperar esperar, agradecimentos, esperar esperar esperar, bibliografia ou referências bibliográficas, passeios (hã??!), expectativa, noites sem dormir, "silêncio, pelo amor de Deus", pés em desarmonia, bibliotecas, impressoras que travam sem explicação, computadores que quebram sem explicação, orientadores, brigas, música, esperança, paz, vontade de gritar, fome, co-orientador, dias sem comer direito, adeus ao namorado, contatos, dores musculares, rascunhos, "agora vai, não é possível", ABNT (argh!), copião, prazos prazo praz, banca, nervosismo, banca, convidados (opcional), banca, água, banca, dissertação, banca, exame, defesa, respostas...
....................................................................................................


O silêncio precede a sentença:

Enfim, Mestre!

Apagam-se as luzes, o cenário é desfeito...

Assim nascem os mestres...

Cio da vida, a vida

Falavas do que te era próprio
Quando não disseste nada,
Apenas partiste em silêncio

Nem ao menos cobrar-te posso,
Não eras nada e te fiz tudo,
Nada tinhas e enxerguei em tuas meias-palavras a verdade que eu queria
Nada falaste, ouvi promessas tamanhas...

Um erro? Talvez sim, quem o vai saber?
Foste uma etapa da vida
Superada, vencida e anulada.
Este é o cio da vida, a vida!

Falavas do que te era próprio
Quando nada disseste,
Apenas partiste...

Nada te desejo,
Nem ao menos poderia.

Já não te desejaria o Amor,
Porque dele nada nunca soubeste
Tampouco te desejaria o ódio,
Porque nele ainda não te satisfarias
Não te desejo dores, vinganças ou afins
Tudo seria nada para ti...

Se uma coisa pudesse,
Desejaria que vivesses longos e longos anos
A vida costuma ser o melhor antídoto
Para quem ainda não a percebeu,
Para quem ainda não a tocou...

A vida. Desejo-te a vida.
Não como vingança,
Mas como justiça.

Preso à vida por longos anos,
Sem nem ao menos saber vivê-la...
Sem ao menos saber gozá-la...

Vivas!